Sinopse
Foi um dos episódios mais violentos da Primeira República. Na noite de 19 de outubro de 1921, uma camioneta-fantasma causou o terror em Lisboa, retirando à força políticos das suas casas, para os assassinar à queima-roupa. Nunca em Portugal se tinha assistido a nada assim. E nunca mais se voltou a assistir.
Na «Noite Sangrenta», como ficou conhecida, morreram António Granjo, presidente do ministério de um governo eleito; Machado Santos e Carlos da Maia, heróis da revolução republicana, entre outras figuras importantes da nação. Nos dias seguintes, pessoas de renome foram feridas ou ameaçadas.
A inesperada onda de violência daquela noite marcou o início do fim da Primeira República. E abriu portas para a chegada do Estado Novo, tendo inclusivamente sido utilizada como exemplo para a necessidade de defender a ordem. Mais de cem anos depois, ainda ninguém sabe quem foram os verdadeiros mandatários dos crimes. E a mais profunda investigação acabou por ficar a cargo de uma viúva.
No primeiro livro sobre o tema em mais de trinta anos, João Miguel Almeida, autor de D. Manuel II, vencedor do Prémio Grémio Literário, apresenta-nos uma investigação inédita sobre a «Noite Sangrenta». O material de arquivo sobre os eventos daquela noite esteve desaparecido, ressurgindo de forma inesperada há uns anos. O autor mergulhou na vasta documentação de forma exaustiva, e o resultado está agora aqui.
Um livro indispensável para compreender o que aconteceu numa das noites mais violentas da História de Portugal.
Detalhes
- Título Original A Noite Sangrenta
- Categoria Não Ficção
- Sub-categoria História
- ISBN 9789899181472
- Nº de Páginas 176
- Data de Lançamento 9/2024
- Dimensões 233 x 155 x 13 mm
- Formato Capa Mole
- Peso 248g
Citações
- «Se o número de mortos foi relativamente escasso, até por comparação com outros episódios revolucionários da própria Primeira República, a extrema violência dos assassínios e a simples ideia de que políticos podiam ser levados de sua casa para a rua e passados pelas armas, no meio de gritos e insultos, deixou uma memória indelével em familiares, corregelionários e cidadãos pacatos.»
- «O movimento revolucionário rapidamente condenou os crimes, e ninguém os reivindicou.»
- «A Noite Sangrenta serviu também de mote ao Estado Novo para apelar à necessidade de a ditadura defender a ordem e os perigos da liberdade.