Um casal, Charlie e Matthew, o seu filho Titus e Rachel, amiga recente do clube de leitura de Mathew, formam o leque de personagens principais deste livro. Uma delas morre e outra confessa o crime. Sabemos quem morreu mas será que sabemos quem matou??

Este é um thriller psicológico muito interessante. Ao longo da narrativa fui elaborando várias teorias que se foram concretizado, mas havia sempre algum nó para desfazer ou outra peça do puzzle para encaixar.

É um livro que faz o leitor refletir nas aparências dos relacionamentos, especialmente no referente à exposição nas redes sociais. Leva-nos também a avaliar o que é a verdade e a analisar como essa verdade muda consoante o ponto de vista.

Outro sinal favorável é o facto de ser um livro inclusivo, que trata a relação do Mathew e do Charlie de uma forma imparcial e livre de preconceito.

É um domestic noir com personagens bem construídas, com segredos e traumas do passado, que vamos desvendado ao longo da narrativa.

Esta foi uma história bem construída, o enredo está cheio de reviravoltas, algumas das quais até me antecipei, porém muitas não. A história teve em uma variedade temas, incluindo: divisões de classe social, privilégios, elitismo e estereótipos sociais, os desafios da paternidade e das relações familiares em geral, fidelidade, traição e consequentemente o desejo de vingança.
A revelação achei que veio com uma pressa relativa e eu cheguei a achar que iria me desapontar, mas algumas reviravoltas tardias na história foram uma surpresa bem vinda.
O final foi aberto, deixando o leitor pondera o que vai acontecer com o personagem principal.
Enfim acho que foi uma leitura envolvente e agradável que indico aos amantes de histórias de suspense orientados para relacionamentos familiares.