O Terceiro Servo
Edição comemorativa do 20.º aniversário
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Sinopse
Miguel Barcelos, jornalista nascido nos Açores no ano da Revolução de Abril, lê num jornal a notícia do assassinato de um velho amigo. Decidido a investigar o sucedido, parte para os Açores. A viagem no espaço é também uma viagem no tempo: um longo percurso de confrontação interior. Entre a recordação das relações entre ele e o morto e as divagações sobre si próprio, Miguel confronta Açores e Lisboa, a cidade onde vive na convicção de que triunfou. Mas outras questões se interpõem. Amor, relações sociais, pedofilia, o fim do milénio, a revolução, o futebol, a economia e até mesmo a fúria dos elementos naturais - tudo se mistura, abalando profundamente as convicções do protagonista. No fim, Miguel opta pelo cómodo caminho da ignorância. À semelhança do terceiro servo da parábola bíblica, prefere fechar os olhos ao desafio que a vida lhe lançou em nome de uma estabilidade falsa, mas imediata. Afinal, o jornalismo é o máximo a que pode ambicionar, o que já por si implica a soma possível de toda a sabedoria e de toda a ignorância do mundo - e sobretudo uma visão desdenhosa sobre o lado superficial das coisas, num impulso de síntese enganador, mas assumido.
Detalhes
- Título Original O TERCEIRO SERVO
- Categoria Ficção
- Sub-categoria Romance Contemporâneo
- ISBN 9789897544712
- Nº de Páginas 88
- Data de Lançamento 12/2020
- Dimensões 233 x 154 x 9 mm
- Formato Capa Mole
- Peso 181g
Críticas
- «Saúde-se a opção pelas formas narrativas complexas e por uma linguagem elaborada, numa época em que a linearidade, narrativa e expressional, veio dando tão persuasivos resultados. E o facto é que esta história resultou espertamente urdida e que a expressão ganhou nela, não raro, um excelente ritmo.»Fernando Venâncio, Expresso
- «Um romance fantástico “passado nos Açores” e que brilha pela construção do personagem principal, pela capacidade de fazer da memória (da adolescência e primeira juventude) um material literário fulgurante e fascinante.»Francisco José Viegas, Record
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«Uma magnífica peça que recorre às técnicas descritivas do melhor jornalismo (a ocupação do autor no dia-a-dia) e nos envolve no mistério da morte de um homem em Angra do Heroísmo. A estrutura da história é exemplar, o português imaginativo e denso de alegorias, o ritmo bem conseguido. (...) Uma técnica narrativa hábil faz com que a obra ‘cheire a enxofre’, levando o leitor a viver com o narrador as desconcertantes investigações sobre o assassinato social de Herculano Cota.»
- «Um romance de uma agilidade rara, quer no ritmo da escrita quer na sua montagem - subtil, inteligente, complexa.»António Tavares-Telles, O Jogo