Memórias de uma Gueixa

Memórias de uma Gueixa

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Sinopse

Sayuri tinha um olhar invulgarmente belo, de um cinzento translúcido, aquático, a reflectir numa miríade de cristais límpidos o brilho prismático e incandescente do universo perfeito e atroz sobre o qual repousava. Era uma transparência súbita, inesperada, a contrastar violentamente com a estranha opacidade branca da máscara onde sobressaíam uns lábios exageradamente vermelhos. E se os olhos ainda reflectiam Chiyo, a menina de nove anos, filha de pescadores, de uma cidade remota junto ao mar, a máscara inquietantemente delicada, o penteado ostensivo, a sumptuosidade dos quimonos de brocados, ricamente ornamentados, pertenciam à mulher em que ela se tinha tornado, Sayuri, uma das mais célebres gueixas do Japão dos anos 1930.

É este mundo anómalo, secreto e decadente, construído sobre cenários de papel de arroz - e que parece ser a manifestação da própria fantasia erótica masculina - que Golden evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indomável do espírito humano; desafiador, cativante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e a subtileza da arte do bonsai.

Detalhes

  • Título Original MEMOIRS OF A GEISHA
  • Categoria Ficção
  • Sub-categoria Romance Contemporâneo
  • ISBN 9789722366977
  • Nº de Páginas 488
  • Data de Lançamento 5/1999
  • Dimensões 230 x 150 x 30 mm
  • Formato Capa Mole
  • Peso 526g

Citações

  • «Todos sabemos que um cenário de Inverno, embora possa estar coberto num dia, até com as árvores vestidas com xailes de neve, ficará irreconhecível na Primavera seguinte. Porém, eu não imaginava que uma coisa semelhante pudesse acontecer dentro de nós próprios.»
  • «A tristeza é uma coisa muito especial, de tão indefesos que ficamos diante dela. É como uma janela que se abre apenas quando lhe apetece. A sala fica fria, e não podemos fazer mais nada do que tremer. Mas abre-se um bocadinho menos de cada vez; e um dia perguntamo-nos o que é que lhe aconteceu.»
  • «Tenho a certeza de que nunca poderia ter contado a minha história de outra maneira; não acho que qualquer um de nós possa falar francamente sobre a dor senão quando já não a estamos a sofrer mais.»
  • «Mas agora sei que o nosso mundo não é mais permanente do que uma onda a erguer-se no oceano. E quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, como quer que os possamos sofrer, muito rapidamente se dissolvem todos numa aguada, como a tinta de pintar no papel.

Críticas

  • «Deslumbrante e de cortar a respiração, este é um livro que nos seduz completamente.»Washington Post Book World
  • «Uma história com a efervescência social e o arco narrativo dos mais belos romances do século XIX. Poucas vezes um mundo tão longínquo e estranho foi evocado de forma tão real.»The New Yorker
  • «Fascinante e com pormenores soberbos de imaginação. Um romance que se recusava a ficar fechado.»Newsweek